Qual
 outro esporte teve a honra de ter um campeão como Muhammad Ali? 
Lendário dentro e fora dos ringues, o americano três vezes campeão dos 
pesos pesados, apontado e admirado como “o maior” de todos os tempos, 
completa nesta terça-feira 70 anos. Mesmo padecendo do Mal de Parkinson 
há décadas, Muhammad Ali jamais se queixa da doença degenerativa.
Ali não consegue ficar em contato intenso com as pessoas, contudo, 
mantém rotina ao lado da inseperável mulher Lonnie no condomínio em que 
mora perto da cidade de Phoenix. Ele sai da cama, toma um banho e 
senta-se em sua poltrona favorita por horas a fio, muitas delas 
dedicadas a assistir lutas de boxe. A família e os amigos mais próximos 
revelam que ele conserva boa memória e o excelente humor que sempre o 
caracterizou.
Estar vivo por tanto tempo, mesmo após o diagnóstico sombrio de 
Parkinson, só demonstra a força do homem capaz de ganhar medalha de ouro
 olímpica e surpreender o mundo quando obrigou Sonny Liston a abondonar o
 combate, em 1964, para abocanhar pela primeira vez o cinturão dos 
pesados, à época o mais jovem da história. Sua grandeza também pode 
estar retratada nas batalhas contra Joe Frazier e George Foreman e pelas
 posições políticas coerentes que o fez perder o cetro pela recusa em 
participar da guerra no Vietnã.
29 mil socos
Todos os domingos, sem exceção, seu médico particular em Phoenix 
telefona para a família para se certificar que tudo está bem. Não há 
cura para o Parkinson, mas existem remédios que auxiliam Muhammad Ali a 
permanecer vivo, ativo dentro dos limites da doença e presente no 
imaginário de todos os apaixonados pelo esporte.
Certa vez, Ali calculou ter recebido cerca de 29 mil socos ao longo 
de sua trajetória, o que poderia ter contribuído com a doença. A 
preocupação é com o estágio atual da moléstia, em que os pacientes são 
particularmente suscetíveis a aspectos que podem levá-los à morte, como a
 pneumonia, outras infecções e a incapacidade de ingerir alimentos e a 
propensão às quedas.
Seguramente, a doença é o adversário mais difícil e mais longo, 
porém, de maior dignidade que o lutador já enfrentou. Não importa mais o
 que o destino reserva para a vida ou a rotina de Muhammad Ali. Seu 
nome, seu carisma, sua importância e sua grandeza já estão muito além da
 história. Feliz 70 anos e obrigado por existir Muhammad Ali!
FONTE:http://www.gazetaesportiva.net/
FONTE:http://www.gazetaesportiva.net/
 

 
 
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