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13 de julho de 2012.
Entrevista com Natália Falavigna
A duas semanas de partir para Londres para
competir na terceira Olimpíada da sua carreira, Natália Falavigna está
fazendo sua última fase de treinamento no Rio de Janeiro. A atleta
paranaense está se sentindo muito confiante para a sua participação,
dizendo que está numa fase mais madura e, por isso, mais preparada para o
que irá encontrar. Em entrevista, a primeira medalhista olímpica
brasileira falou sobre toda a sua preparação, o seu estado de espírito
antes dos Jogos Olímpicos e traçou um comparativo entre as duas
Olimpíadas de que já participou e as que se aproximam, em Londres.
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CBTKD: Que avaliação faz do seu treinamento de preparação para as Olimpíadas?
Natalia Falavigna:
Foi bom! Esse é o momento final. Durante bastante tempo a gente fez
bastantes treinos muito fortes, muito intensos, com muito volume, de
repetição constante. Agora, faltando um mês, é um momento mais
tranquilo, em que diminui um pouco a carga. A gente ainda varia algumas
semanas fortes com semanas bem recuperativas e, muitas vezes, treinos
mais fortes com treinos bem leves. Os treinos passam a ser mais
definidos, com correção bem técnica. A parte tática já é como realmente é
uma luta, na mesma intensidade. Eu estou contente! Pude treinar bem. Eu
tive problemas no início do ciclo olímpico, mas termino muito bem,
contente, alegre e bem de saúde, que, para mim, é o mais importante,
pois estive impedida de poder competir e treinar. Então, dou valor a
isso! Este é o momento de usar mais a cabeça, descansar bastante o corpo
e estar relaxada, esperando o momento chegar.
CBTKD: Como é que você se sente para competir a sua terceira Olimpíada?
Natalia Falavigna:
Eu falo que a gente combate a ansiedade treinando. A minha rotina
continua a mesma. Treino de manhã e à tarde, tenho um descanso ou outro,
faço massagem, fisioterapia, para que o meu corpo descanse e eu
recupere ao máximo. Procuro me blindar um pouco, fico no meu mundo, na
minha casa, curtindo as minhas coisas. Então não tenho sentido
ansiedade, porque tenho treinado e trabalhado, sendo que isso me dá
tranquilidade. Sei que estou no caminho certo, treinando bem e
inteligentemente.
CBTKD: Consegue fazer um comparativo entre a comparação que fez para as Olimpíadas de 2004 e 2008 e a de Londres?
Natalia Falavigna:
Consigo sim! Em 2004, ainda era uma atleta bastante crua na questão
física e técnica, mas tinha bastante vontade e isso bastava na época
para mim para conseguir superar as minhas dificuldades. Em 2008, tinha
uma evolução física muito grande, mas, tecnicamente, ainda não tinha
atingido o meu ápice nem tinha tantos recursos que eu pudesse aplicar.
Agora para Londres, mesmo com um ciclo olímpico mais corrido, eu consigo
ver que, ainda assim, a minha evolução foi muito grande na questão
física, mas, sobretudo, na técnica, recursos e volume de luta,
capacidade e habilidade para executar diversas técnicas diferentes. Hoje
estou muito mais madura e consciente para ver como o combate funciona.
Até porque, as Olimpíadas e as competições internacionais de que já
participei têm um peso favorável. Consigo ver uma evolução constante e
isso é o que me deixa feliz e me mantém motivada para continuar
treinando. Mesmo após três ciclos olímpicos eu continuo evoluindo e com
perspectivas de evoluir ainda mais até 2016. Realmente, eu vou encerrar
a minha carreira no dia em que eu achar que cheguei ao meu limite e
que não consigo ir mais além. Até hoje ainda não atingi o meu ponto
máximo e isso me mantém motivada e capaz de ver essas diferenças nesses
três ciclos olímpicos.
CBTKD: Em Londres, tem alguma adversária que considere mais forte?
Natalia Falavigna:
Eu encaro todas da mesma forma, até porque a gente ainda não sabe onde
vai cair na chave. Depende do rankeamento, mas, é claro, que eu tenho
uma equipe que já estudou todas as hipóteses de lutas. Eu não descarto
ninguém. São só 16 atletas e todas têm resultados internacionais,
grandes conquistas. Quando um atleta tem uma história, você não pode
descartar essa história. Tem de respeitar e saber que dentro das quatro
linhas vai fazer o máximo naquele momento, que a história deve ser
respeitada, mas tem de se comprovar a cada dia e a cada luta o por quê
dessa história.
Carla Sofia Flores
Assessoria de Imprensa da CBTKD
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sábado, 14 de julho de 2012
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